sábado, 13 de dezembro de 2008

Preguiça


Propensão para não trabalhar, acedia, indolência, morosidade, negligência, moleza...
Quantos nomes são dados a este pequeno pecado capital, aliás, pecado ótimo de cometer de vez em quando...
Há poucos dias tenho reduzido consideravelmente a carga de trabalho, já que as aulas acabaram e agora só nos resta a questão mais burocrática da coisa, mas ainda não me sinto de férias. Filhas continuam frequentando a escola, portanto acordar cedo ainda faz parte da rotina.
Hojé é sábado, supostamente um dia mais calmo e no qual se é permitido o acordar tarde. Ledo engano. Após uma longa noite numa formatura e esticar para comemorar um aniversário, cometi um grande erro: cheguei tarde demais, ou seria cedo demais? Resultado: apenas 3 horas de sono. "Mainha, tô com fome." "Duda faz teu café da manhã, Nana." "Não, faz tu!!!" Ai, ai, ai... Quem bem esperto fosse, dormiria tudo o que pudesse antes de ter filhos. Só passei a dar valor ao dormir após perceber que quando se tem filhos não se dorme nem se come como gostaria, ou deveria. O não dormir já está óbvio, o não comer é porque sempre deixamos pra comer depois dos filhos, então a fome passa. Certo é o ditado:"Depois que filho pari, nunca mais barriga enchi." E eu ainda acrescentaria:"e não consegui dormir." Além de tudo isso, pra meu quase desespero por mais 1 hora de sono, hoje aqui está sendo um dia incomum. Costumo dizer que no condomínio, nós somos a casa que mais faz barulho. Isso aqui é um verdadeiro mausoléu, ou seja, lugar propício a um sono tranquilo garantido a qualquer hora do dia ou da noite. Ledo engano novamente. Justamente hoje, depois do que já relatei, resolveram dar continuidade às obras de recuperação do piso, a vizinha da casa da frente amanheceu inspirada pela disco dos anos 70 (com direito a trilha sonora do filme HAIR e tudo), outro achou pouco e deixou o som do carro ligado num pagodão. Será que minha preguiça atrai má sorte? Vixi. Logo hoje...

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Autor Anônimo

Recebi este texto hoje através das mãos da minha filha mais velha, enviado pela escola. O início faz referência ao recente sequestro de uma jovem e, segundo um grande e querido amigo, chega a parecer piegas. Mas o que realmente é interessante está do meio para o fim, portanto vale a pena a longa leitura.

"A necessidade de dizer NÃO"

"O que pode criar um monstro? O que leva um rapaz de 22 anos a estragar a própria vida e a de duas outras jovens por... NADA?
Será que é índole? Talvez, mídia? A influência da televisão? A situação social da violência? Traumas? Raiva contida? Deficiência social ou mental? Permissividade da sociedade? O que faz alguém achar que pode comprar armas de fogo, entrar na casa de uma família, fazer reféns, assustar e desalojar vizinhos, ocupar a polícia por mais de 100 horas e atirar em duas pessoas inocentes?
O rapaz deu a resposta: "ela não quis falar comigo". A garota disse não, não quero mais falar com você. E o garoto, dizendo que ama, não aceitou um não. Seu desejo era mais importante. Faltaram muitos NÃOS nessa história toda.
Faltou um pai e uma mãe dizerem que a filha de 12 anos NÃO podia namorar um rapaz de 19. Faltou uma outra mãe dizer que NÃO iria sucumbir ao medo e ir lá tirar o filho do tal apartamento a puxões de orelha. Faltou outros pais dizerem que NÃO iriam atender ao pedido de um policial maluco de deixar a filha voltar para o cativeiro de onde, com sorte, já tinha escapado com vida. Faltou à polícia dizer NÃO ao próprio planejamento errôneo de mandar a garota de volta pra lá. Faltou ao Governo dizer NÃO ao sensacionalismo da imprensa em torno do caso, que permitiu que o tal seqüestrador conversasse e chorasse compulsivamente em todos os programas de TV que o procuraram. Simples assim. NÃO. Pelo jeito, a única que disse NÃO nessa história foi punida com uma bala na cabeça.
O mundo está carente de nãos. Vejo que cada vez mais os pais e professores morrem de medo de dizer não às crianças. Mulheres ainda têm medo de dizer não aos maridos (e alguns maridos, temem dizer não às esposas). Pessoas têm medo de dizer não aos amigos. Noras que não conseguem dizer não às sogras, chefes que não dizem não aos subordinados, gente que não consegue dizer não aos próprios desejos. E assim são criados alguns monstros. Talvez alguns não cheguem a seqüestrar pessoas. Mas têm pequenos surtos quando escutam um não, seja do guarda de trânsito, do chefe, do professor, da namorada, do gerente do banco. Essas pessoas acabam crendo que abusar é normal. E é legal.
Os pais dizem "não posso traumatizar meu filho". E não é raro eu ver alguns tomando tapas de bebês com 1 ou 2 anos. Outros gastam o que não têm em brinquedos todos os dias e festas de aniversário faraônicas para suas crias.
Sem falar nos adolescentes. Hoje em dia, é difícil ouvir alguém dizer não, você não pode bater no seu amiguinho. Não, você não vai assistir a uma novela feita para adultos. Não, você não vai fumar maconha. Não, você não vai passar a madrugada na rua. Não, você não vai dirigir sem carteira de habilitação. Não, você não vai beber uma ceverjinha enquanto não fizer 18 anos. Não, essas pessoas não são companhias para você.
Não, hoje você não vai ganhar brinquedo ou comer salgadinho e chocolate. Não, aqui não é lugar pra você ficar. Não, você não vai faltar na escola sem estar doente. Não, essa conversa não é para você se meter. Não, com isto você não vai brincar. Não, hoje você está de castigo e não vai sair.
Crianças e adolescentes que crescem sem ouvir bons, justos e firmes NÃOS crescem sem saber que o mundo não é só deles. E aí, no primeiro não que a vida dá ( e a vida dá muitos) surtam. Usam drogas. Compram armas. Transam sem camisinha. Batem em professores. Furam o pneu do carro do chefe. Chutam mendigos e prostitutas na rua. E daí por diante.
Não estou defendendo a volta da criação rígida e sem diálogo, pelo contrário. Acredito piamente que crianças e adolescentes tratados com um amor real, sem culpa, tranqüilo e livre, conseguem perfeitamente entender uma sanção do pai ou da mãe, um tapa, um castigo, um não. Intuem que o amor dos adultos pelas ciranças não é só prazer - é também responsabilidade. E quem ouve uns nãos de vez em quando também aprende a dizê-los quando é preciso. Acaba aprendendo que é importante dizer não a algumas pessoas que tentam abusar de nós de diversas maneiras, com respeito e firmeza, mesmo que sejam pessoas que nos amem. O não proteje, ensina e prepara.
Por mais que seja difícil, devemos dizer não aos seres humanos que cruzam nosso caminho, quando acreditamos que é hora e devemos tentar respeitar também os nãos que recebemos. Acredito que é aí que está a verdadeira prova de amor. E é também aí, que está a solução para a violência cada vez mais desmedida e absurda dos nossos dias."

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

"As famílias felizes parecem-se todas; as famílias infelizes são infelizes cada uma à sua maneira."Leon Tolstoi, em Ana Karenina.

Em verdade, esta frase a escolhi por quase combinar com o que andei pensando semana passada. Andei pensando em três ocasiões diferentes para ser mais exata. Na primeira delas eu estava prestes a atravessar uma grande avenida, esperando o sinal de pedestres abrir, quando uma senhora aproximou-se e comentou que aquele semáforo demorava muito para mudar de cor. Eu, para não ser grosseira, respondi que ele só abriria quando outra pessoa apertasse o botãozinho do outro lado também. Bem, isto foi o suficiente para a senhora acompanhar-me praticamente todo o caminho que eu precisava percorrer. Durante todo o trajeto, tentando acompanhar meus passos, ela falou sobre várias coisas: o trânsito, os motoqueiros, a velocidade, minha gravidez, meu cabelo, etc. Foi neste último item que ela se segurou. Disse que já tinha tido os cabelos curtinhos como os meus, mas que tinha deixado de cortá-los porque havia feito um pacto com Deus: estava doente e queria a cura, e curou-se. Despediu-se com um "Deus te acompanhe".
Na segunda ocasião, voltando pra casa do trabalho, ao entrar no ônibus me dirigi ao fim deste para facilitar a descida já que estava entupido de gente (ô coisa mais suburbana, rsrsrsrs...). Chegando na traseira, me deparei com uma cena bem incomum: um casal de hippies, daqueles que possuem tatuagens por todo o corpo, até na testa, cheio de malas e bagagens e acompanhado de seus 6 filhos - um rapaz, aparentando uns 17 anos, e 5 meninas com idades entre 13 e 2 anos. Logo que me aproximei, o patriarca, beirando seus 50 anos, perguntou-me se eu conhecia determinado lugar, então ensinei como eles chegariam lá. O interessante é que ele agradeceu e continuou a conversar comigo como se já me conhecesse há anos. A menor das filhas estava no colo da mãe e sorriu pra mim durante todo o caminho. Pisquei um olho pra ela e ela piscou de volta, achei muito fofo, nunca tinha visto uma criança tão pequena piscar um olho só... Algo muito peculiar me chamou a atenção naquela família: pareciam não se importar com a atenção que os demais passageiros lhes dispensavam, pareciam viver em um mundo próprio, alheios aos olhares e comentários maldosos. Achei aquilo o máximo... No braço da mãe havia uma frase tatuada: "É sempre mais fácil achar que a culpa é do outro". É como se a frase fosse a verdadeira aliança daquele casal, como se eles tivessem se comprometido a compreender-se mutuamente para que pudessem viver sempre em harmonia... E foi o que consegui ver naquela família tão pouco convencional: harmonia.
Na terceira e última ocasião, também dentro do ônibus de volta pra casa, uma senhora sentou-se ao meu lado. Perguntou o tempo da gestação e comentou o quanto eu estava bonita. Depois contou-me sobre a sua única gestação, que tinha tido depressão pós-parto, que casou-se com mais de 30 anos, o que fez para o enxoval da bebê, o quanto engordou até chegar ao ponto de não reconhecer-se no espelho, etc. Foi uma conversa bem longa, quer dizer, um monólogo bem longo... Mas eu estava prestando atenção ao que ela falava, talvez pudesse tirar alguma experiência valiosa daquilo tudo.
Assim que cheguei em casa, parei para analisar os três momentos, e percebi que às vezes passamos tempo demais preocupados com o que ainda temos por fazer, com o trabalho, com as tarefas diárias, com as contas a serem pagas... O que quero dizer é que sempre temos escolha. Que a vida que levamos é fruto das escolhas que fazemos, do que priorizamos. Deus, liberdade, família. Seja qual for a escolha, que ela seja autêntica.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Strawberry Fields Forever






















Let me take you down
´Cause I´m going to
Strawberry Fields
Nothing is real
And nothing to get hung about
Strawberry Fields forever

Living is easy with eyes closed
Misunderstanding all you see
It´s getting hard to be someone
But it all works out
It doesn't matter much to me

Let me take you down
´Cause I´m going to
Strawberry Fields
Nothing is real
And nothing to get hung about
Strawberry Fields forever

No one I think is in my tree
I mean it must be high or low
That I you can't you know tune in
But it's all right
That is I think it's not too bad

Let me take you down
´Cause I´m going to
Strawberry Fields
Nothing is real

(I buried Paul!)
And nothing to get hung about
Strawberry Fields forever

Always, no, sometimes, think it's me
But you know I know when it's a dream
I think, er, no I mean, er, yes
But it's all so wrong
That is I think I disagree

Let me take you down
´Cause I´m going to
Strawberry Fields
Nothing is real
And nothing to get hung about
Strawberry Fields forever
Strawberry Fields forever
Strawberry Fields forever

THE BEATLES

Campos De Morango Para Sempre

Deixe-me te levar
Porque eu estou indo
aos Campos de Morango
Nada é real
Não há por que esperar
Campos de Morango para sempre

Viver é fácil com os olhos fechados
Sem entender o tudo que você vê
Está ficando difícil ser alguém
Mas tudo parece funcionar bem
E isso não é muito importante pra mim

Acho que não tem ninguém na minha árvore
Quer dizer, deve estar alto ou baixo
Ou seja, você sabe que não pode entoar
Mas tá tudo certo
Assim, penso que não é tão ruim

Sempre, não, algumas vezes penso que sou eu
Mas sabe, eu sei quando é um sonho
Eu penso que um Não significara um Sim
Mas tá tudo errado
Por isso eu acho que discordo

domingo, 9 de novembro de 2008

Sei não...

Li em algum lugar não sei quando que estamos vivenciando uma época de total inversão de valores. Concordo plenamente. É impressionante como atualmente só se dá valor ao que é errado. Coisa torta!
Certo é virar político pra ganhar dinheiro às custas da população e quase não trabalhar, certo é agir de má fé pra poder ganhar algo em troca, certo é falar da vida alheia pra chamar a atenção, certo é divulgar tudo quanto é crime e brutalidade pra ganhar audiência, certo é fazer errado porque todo mundo faz.
O que vejo todos os dias, cada vez mais, são pessoas mal educadas, egoístas, individualistas. Não sou contra ao "cuide da sua vida", ao contrário, sou extremamente a favor disso. Mas não há flexibilidade alguma. Se você pode ajudar alguém, por que não fazê-lo? Se não der pra ajudar, pelo menos não atrapalhe. Acredito nisso. É o que tento fazer no meu dia-a-dia.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Depende.

Acho que escolhi a profissão certa, apesar dos pesares. Outro dia me perguntaram o que eu queria ser se não fosse professora e eu não soube o que responder... Quando fiz vestibular pela primeira vez, por experiência, fui na conversa do meu pai e escolhi Direito. Passei na primeira fase e foi bom porque pude participar de todo o processo, desmistificando muita coisa que o povo falava sobre o vestibular. Quando fiz pela segunda vez, agora já no terceiro ano do ensino médio e pra valer mesmo, não me atraiu a idéia de ser advogada, fiquei em dúvida mesmo entre Letras, Filosofia e História. Depois de pensar um bocado e sentir realmente quais eram as minhas qualidades e as minhas deficiências, optei por Letras na Federal e Educação Física na UPE (acredite se quiser, querido leitor, eu fui atleta!), já que a Faculdade de Formação de Professores mais próxima fica em Nazaré da Mata. Vestibular feito, remanejamento na UPE e passe livre na UFPE. Nem voltei pra saber do remanejamento!!!
O que me encantava no curso de Letras, no início, era a Literatura. Resultado da fortíssima influência de um grande mestre, daqueles que
você só encontra uma vez na vida, quando encontra: Cláudio Lira. Além de ótimo profissional, uma grande alma, inquieta e apaixonada por aquilo que era o seu objeto de trabalho. Difícil demais ser como ele. E eu queria ser como ele.
Comecei a lecionar no 3º período, mas era um estágio pequeno, um minicontrato com o Estado, uma grande experiência. Vi muita coisa que não fazia parte da minha realidade de filha da classe média, vi muita coisa que me fez pensar duas vezes no tipo de profissional que eu me tornaria. Passado o estágio, lecionar Língua Portuguesa não era bem o que eu queria, ainda perseguia o sonho de ensinar Literatura. Mesmo assim, escolhi como perfil o currículo de Língua Portuguesa e Língua Estrangeira Moderna-Espanhol. Após 1 ano ensinado Literatura, percebi que não seria nada fácil chegar onde eu queria e ao mesmo tempo estava brotando em mim outra paixão, a paixão pela Língua Espanhola. Lá dentro do curso me deparei com dois verdadeiros anjos, os Professores Miguel Espar e Alfredo Cordiviola, que sempre me incentivaram e me fizeram estudar, sempre tiveram também muita paciência comigo, me orientando e me guiando. Mas, como tudo na vida, nada depende somente de nós. A influência exercida por todas as pessoas que passam pela nossa vida, que tropeçam em nós nessa caminhada, pode ser positiva ou negativa. Tenho muita sorte por saber aproveitar tudo de toda e qualquer situação, seja ela favorável ou não. Sempre temos algo a aprender, mesmo que seja da pior maneira. Acho que escolhi a profissão certa porque na grande maioria das vezes, meu trabalho só depende exclusivamente de mim, do meu esforço, da minha dedicação, da minha negligência. Eu colho os louros e também os frutos amargos. Difícil é saber que pra se viver temos que ser um e vários ao mesmo tempo. Ter uma dose diária de hipocrisia e falsidade, saber ser diplomático ou omisso quando necessário. Mas mesmo assim, nossa essência continua lá, no mesmo lugarzinho, intocável, imutável. Nós só mudamos pelos outros, nunca por nós mesmos.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Frase



"O inferno são os outros."

Jean-Paul Sartre.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Missão

Sempre tive vontade de ser mãe. Acho que, por mais que os tempos sejam outros, as meninas ainda desejam encontrar o príncipe encantado com o qual serão felizes para sempre e terão os filhos lindos com que sempre sonharam... Minha caminhada por esta vida estava apenas começando quando fui mãe pela primeira vez. Nada havia sido planejado. Eu não tinha a mínima noção de como cuidar da vida que crescia dentro de mim. Costumo dizer que não há neste mundo mãe e pai mais maravilhosos que os meus pois, por mais dor de cabeça que eu tenha causado, nunca me abandonaram, nunca me forçaram a nada, sempre me apoiaram e sempre me fizeram ver o quanto de responsabilidade havia em cada coisa que dizia respeito só a mim mesma dali pra frente. Maria Eduarda era minha... Mas o príncipe encantado ainda não era pra ser meu e outro amor foi achado... Novamente a sorte nos cercou com uma nova dádiva... A segunda gravidez foi a que deveria ser a primeira, biologicamente falando. A maturidade da alma e do corpo já entendiam todas as mudanças que viriam pela frente, a saúde de ferro também ajudou bastante... Mas como é de praxe, logo nos pegamos cheias de "não-me-toques"... Depois do nascimento de Mariana, de um parto bastante doloroso, ser mãe pela terceira vez não me encantava... Mas como me falou uma pessoa muito bem quista, minha missão é a de ser mãe de três... Acidentalmente mãe de três...

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Palavras de Mulher


Segundo uma pessoa pela qual tenho um imenso respeito, o que os homens têm mais medo são 5 palavrinhas do vocabulário feminino que se reúnem em 2 pequeninas expressões (pequeninas no tamanho somente): "Para sempre" e "Para nunca mais". Nem lembro sobre o quê estávamos conversando, mas acho extremamente perfeitas essas palavras. Pelo menos acho que combinam com a alma feminina. Em um post anterior fiz um pequeno desabafo sobre o que é ser mulher, pra mim, atualmente e sei que determinação é algo que faz parte da essência feminina de um modo em geral. Mesmo quando nos fazemos de bobas, mesmo quando tentamos resistir a tudo, mesmo quando todos estão torcendo contra, mesmo quando o nosso maior adversário parece estar do nosso lado, mesmo quando tudo parece conspirar contra nós, mesmo quando estamos prestes a sucumbir, continuamos e seguimos em frente. Tenho muito orgulho por ser mulher, não que eu me ache especial, mas acredito que somos todas verdadeiras guerreiras e acima de tudo, vencedoras. Mesmo que a vitória tarde em chegar. É uma pena que muitos homens, mesmo temendo as referidas expressões que iniciaram este post, não acreditem que elas possam ser proferidas. Pena que quando acreditam é porque elas já foram.

domingo, 10 de agosto de 2008

De volta ao mundo!


Após um longo e tenebroso inverno... Bem, não foi um inverno, mas um período de quase 3 semanas sem meu PC e por pouco totalmente alheia ao que acontecia na World Wide Web. Eu nunca imaginei que dependeria tanto de um computador como dependo agora. Para resumir: trabalho, diversão, informação, comunicação. Como me senti isolada do mundo, sem saber o que estava "rolando" por aí. Que saudade dos amigos de MSN e ORKUT com quem quase que diariamente troco idéias ou simplesmente converso "potocas"... É impressionante como essas maquininhas chegaram, foram evoluindo e se tornando algo tão essencial na vida da maioria das pessoas. Detesto admitir que vivo muito mal sem o PC, que meu trabalho em casa fica lento, que perco o contato com quem gosto, que perco o contato com a mais bela de todas as línguas estrangeiras... Ah, como éramos felizes antigamente e não sabíamos. Hoje vivemos presos às máquinas: se esquecer o celular em casa, volta pra buscar; se o computador tem um chillique, a rotina muda (frequentar lan house passa a ser corriqueiro). Isso me lembra a trilogia MATRIX. Vivemos uma MATRIX metafórica, já que não somos ligados às máquinas por tubos, fios e conexões, mas a cada dia ficamos mais dependentes delas.

sábado, 19 de julho de 2008

19 de Julho

Há 28 anos, um sábado chuvoso, 8h10m, 49cm, 3.690gm, parto cesariana, abertura das Olimpíadas de Moscou, ursinho chorando formado com painéis pelas pessoas na platéia. Lembranças de minha mãe. Depois de oito dias o nome: Ticiana - que significa 'venerável'. Às vezes 28, 18, 8, 38, 48, 58, 68... parecem uma coisa só. Tanta coisa já vivida e tanta coisa ainda por viver. Amigos que perdi e recuperei, amigos que ganhei, amor acabado e amor encontrado, filhas-tesouros, família feita de saudades que se podem matar... Aos poucos relembro como cheguei até aqui: tentando sempre não atrapalhar o caminho de ninguém, tentando pôr em prática tudo que meus pais me ensinaram, tentando sempre respeitar a todos com quem convivi, tentando ensinar às minhas filhas tudo que aprendi, tentando ensinar aos meus alunos o pouco que sei também sobre a vida, tentando ser honesta, tentando ser feliz... Pois é, acabo de concluir que a vida é feita de tentativas que de vez em quando dão certo, de vez em quando não dão ou acontecem de uma forma totalmente inesperada. A única coisa da qual podemos ter certeza é de que a cada ano que passa já não somos mais como éramos, não podemos ser e, talvez, não queremos ser. Espero que um dia eu possa olhar para todo o caminho que percorri e perceber que não mudaria nada.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Mágico!


Quando não conhecemos algo às vezes nos recusamos a entender este algo por puro acomodamento, mas às vezes também por falta de sensibilidade ou preconceito... Ontem fui a um show que nunca imaginei poder ver. Um preto e branco colorido, ritmos, poesia, comédia, drama. Tudo isso fazia parte de um emaranhado tão delicioso de ver e ouvir que nem tenho palavras para descrever. Não sei se eu estava mais sensível que o normal, mas estava disposta a aproveitar cada minuto do espetáculo, mesmo que só conhecesse duas músicas que havia ouvido no Youtube dois dias atrás... Arrependimento? Só o de sempre ter protelado a "parada para ouvir", mesmo já sabendo da existência da Trupe há algum tempo... Vixi, estou verdadeiramente encantada e fascinada, principalmente por saber que ainda podemos ter artistas com tanto talento e qualidade, carinhosos, atenciosos... Ah e é claro, saber que tem alguém de Recife metida nessa mistureba é de dar um orgulho danado!!! Momento super especial pra mim foi esse show e certamente é um daqueles que a gente não esquece: "Só enquanto eu respirar vou me lembrar de você!!!"

segunda-feira, 23 de junho de 2008

São João

Família reunida, várias mãos de milho no quintal, véspera de São João. As mulheres da minha família (inclusive as crianças) se dividiam em tarefas. Tirar a palha do milho e limpá-lo. Minha mãe, a filha mais velha e dona da casa em que ocorriam esses "rituais", escolhia as espigas que serviriam para fazer pamonhas, canjica, bolo, as que seriam cozidas e as que seriam assadas na fogueira. A esta altura, geralmente, já havia algum outro tipo de bolo já pronto, como o pé-de-moleque e o de mandioca. Depois de escolhidas as espigas, algumas de nós as debulhavam, outras ralavam, dependendo do destino daquele montante separado. Enquanto isso, alguém (quase sempre eu) já estava ralando o coco e minha mãe, pacientemente, extraindo o leite. Tudo era feito com muito cuidado, pra nada "passar do ponto" nem ficar "ralo". Lembro que, uma vez, depois de uma boa quantidade de milho ralado, minha avó estava toda salpicada de sumo de milho, seus óculos e até as bananas da fruteira sobre a mesa. Ríamos muito e conversávamos muito. Chegava a hora mais trabalhosa: mexer a canjica. Várias horas de revezamento, força e esmero, "pra não grudar no fundo do caldeirão", "pra não ficar com gosto de sabão", "pra não queimar"... E as pamonhas? "Só sei fazer as 'carinhas de gato'", dizia minha mãe. "Corre pra amarrar a pamonha, vai derramar tudo!" "Preciso de mais palha!" Ao cair a noite, era a vez dos homens. Fogueira montada na frente da casa, espera pelas 18h. Todo ano painho inventava um novo modo de acendê-la. Era com álcool, com óleo, com pedaços de pão, com jornal velho... Mas sempre a acendia. Comidas prontas (raspar o fundo do caldeirão de canjica era uma verdadeira delícia!), crianças de banho tomado, milho já assando. Terraço enfeitado com bandeirinhas de papel de seda feitas por minha mãe, eu e meu irmão, coladas ao barbante com grude de farinha. Hora dos fogos! Traque-de-massa, estrelinha, chuveirinho, bombinhas variadas, rojões, vulcões! Ah quantas lembranças boas... A saudade bate no peito e insiste em ficar... A frustração de uma expectativa não correspondida se mistura com a melancolia que surge com estas lembranças... Hoje, cada um com seu cada um e cada qual com seu cada qual.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Ansiedade

Ai ai ai... Quem nunca deu uns suspirinhos assim, enquanto esperava por algo? A ansiedade é cruel. Ô sensação ruim e ao mesmo tempo engraçada! Dá aquele "frio" na barriga, ou na "espinha". Frio na barriga, na espinha, isso é engraçado! É engraçado quando a gente espera coisas boas, que nos farão sorrir, que nos trarão felicidade. Sensação ruim, quando não sabemos o que esperar de uma situação, de uma pessoa. Mãos e pés gelados, o coração batendo mais rápido, o sono que não chega...
Pode ser defeito ou qualidade, mas ser ansiosa me torna mais prudente, me faz pensar muito em uma única coisa, quase obcecada por aquilo em que estou pensando... E me faz refletir sobre tantas outras coisas... "Que desassossego!" Já dizia um queridíssimo mestre.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Dia estranho

Sexta-feira passada foi um dia muito estranho para mim. Estava me preparando para ser madrinha de casamento de um amigo muito querido...Tudo estava planejado: pela manhã ia ao trabalho normalmente, à tarde direto pro salão fazer unhas e arrumar os cabelos, coisas fúteis que geralmente tornam-se necessárias nessas ocasiões! Mas uma notícia inesperada mudou totalmente meus planos... Na realidade, foi algo que me bagunçou por dentro. Recebi a notícia de que o pai de uma das minhas melhores amigas, verdadeiramente amiga, havia falecido.
Em um post anterior, eu expressei um pouco qual a minha visão da morte e nessa sexta pude experimentar algo que nunca imaginei. A pesar de não conviver com o pai da minha amiga, guardo boas e divertidíssimas lembranças dos poucos momentos que pude compartilhar com ele, mas o que me revolucionou mesmo foi ver e quase sentir o sofrimento de uma pessoa tão querida. Que coisa horrível é ver tanta dor e não poder fazer nada... Quando se perde alguém amado assim, a dor é única... e individual.
Durante toda a tarde fui invadida por diversos sentimentos, inclusive um extremamente egoísta: agradeci a Deus por ter meus pais vivos e saudáveis. Também pensei que mesmo só existindo, normalmente, um pai e uma mãe pra cada pessoa, ainda há aqueles que não falam com os pais, que os destratam, que os magoam... Que raiva...
O dia foi estranho, sim. Percebi que em algumas horas vivenciei dois momentos extremos da vida: encarei o fato de que todos teremos o mesmo destino, por mais cliché que isto possa parecer e fiz parte de um recomeço, o início de uma nova família...

P.S.: Neste post não cabe imagem. Nada pode ilustrar a dor.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Dedicação

Uma imagem vale mais que mil palavras!

domingo, 1 de junho de 2008

Quem canta...

Completando minha vigésima postagem, volto ao tema das músicas. Como já falei em um post anterior, sempre fui muito preconceituosa e agora serei pretenciosa. Tenho bom gosto. Há exatamente 15 anos comecei a gostar do U2, nem me lembro bem como. Lembro de realmente enlouquecer com o U2 quando conheci meu primeiro marido, aos 12 anos, que também era fã, mas esta é outra estória.
No meu 15º aniversário, adivinhem um dos presentes que ganhei? 6 álbuns de carreira do U2, presente de mainha, bem embrulhadinhos num papel azul e com um selinho de loja de cd's. Imaginem também como custou caro pra minha mãezona me fazer este mimo, já que os cd's há 12 anos não eram tão baratos, principalmente internacionais.
O fato é que hoje pela manhã, depois de postar por aqui, decidi ouvir as músicas que mais gosto. DVD do U2 Go Home in the Slane Castle (show que é meu sonho de consumo!) no home theater, volume máximo, melhores músicas de todos os tempos! Ah, verdadeiro é o ditado popular: nada como cantar pros males espantar!

Religião

Uma das coisas que geralmente não faço é discutir sobre religião e política. Política porque entendo muito menos do que gostaria e religião porque guardo em mim um ranço. Ao conversar virtualmente com uma nova amiga no início desta semana, deparei-me com meu passado religioso.
Bom, como alguns dos meus poucos leitores já sabem, estudei quase toda a minha vida em um colégio protestante e tradicional daqui de Recife. Ou seja, trago em mim incrustadas raízes cristãs. Agradeço muito aos meus pais pela educação doméstica e formal que me deram. Sem eles e sem o Agnes eu seria muito menos do que sou hoje. Mas voltemos ao assunto central deste post. Religião.
Após deixar o Agnes para completar meu ensino médio em outro colégio, tentei buscar o cotidiano calmo, rígido, de cultos e orações típicos do Agnes em outro lugar. Uma igreja batista. Sem a mínima pretensão de ser uma "santa" continuei minha vida de adolescente, ou seja, uma vida de descobertas. Uma dessas descobertas me trouxe uma gravidez não planejada às vésperas do meu 16º aniversário.
Na igreja, virei o alvo dos comentários maliciosos e falsos. Alguns por lá já não viam com bons olhos o fato de eu ter, na época, 6 brincos nas orelhas e não usar saias nem vestidos. Para mim, mera questão estética. Para eles, costume esquisito e reprovável. Mas mesmo assim, tentei ser forte e suportar os olhares indiscretos e bandeados até me 'sugerirem' uma idéia: "Vocês devem se casar, pelo menos no religioso." Um absurdo. Nem meus pais me forçaram a nada, na realidade, não queriam que me casasse. Como é que uma comunidade que estava praticamente me excluíndo de tudo, me condenando, me julgando (reparem que não há nada de cristão nisso) poderia me aconselhar em um momento tão delicado da minha vida, ou me obrigar a fazer algo contra a minha vontade e de toda minha família? Inimaginável. Foi aí que percebi que eu estava muito além de tudo aquilo, que eu não precisava que um monte de estranhos me dissesse como eu deveria viver a minha vida, que eu não precisava que um homem talvez mais pecador que eu abençoasse a minha união, que eu não precisava de igreja pra continuar sendo cristã. Afastei-me. Infelizmente, como já ouvi falar várias vezes, a parte humana da Igreja é imperfeita, assim como são os homens. Queria eu que a Igreja fosse somente Deus.

domingo, 11 de maio de 2008

Dia das Mães

Segundo domingo de maio. Dia das Mães. Dia de reunião familiar, mesa farta, sobremesa gostosa, presentes, choradeira...
No caminho pra casa vim pensando no quanto isso me é necessário. Dias festivos são a minha oportunidade de ver a família toda, ou quase toda, reunida... Mãe, pai, avô, avó, tios, tias, primos, primas... pelo menos de um dos lados da família.
Quando minha avó paterna faleceu, em 1991, o outro lado da família começou a se desfazer, o que foi concluído com a morte do meu avô em 2003... De lá pra cá nos vemos muito pouco, quase não nos falamos, alguns (que eram muito pequeninos) nem reconhecemos. O que faz uma família ser unida?
Posso me considerar uma pessoa de sorte: só fui ao cemitério 3 vezes em toda a minha vida. Infelizmente, em uma dessas vezes foi por meu avô (e ainda me fizeram escrever no túmulo dele).
Como é estranho viver... a gente nasce, cresce, estuda, trabalha, casa, têm filhos, envelhece, perde pessoas queridas pelo caminho e se perde... Acho que tenho mais medo de enfrentar a morte dos que me são caros do que a minha própria.
Vixi, quanta coisa me veio à mente ao mesmo tempo, não reclamo mais...
Mas é isso, resumindo, é nos dias como o de hoje que percebo o quanto preciso da minha família, o quanto eu gostaria de estar mais perto de cada um, de ajudar, de cuidar, de abraçar... E percebo também que a união deste lado da família não durará muito tempo...

domingo, 4 de maio de 2008

Ouvir


"Nada melhor como ouvir outras pessoas para voltar a pensar. Nesses três últimos dias, saí totalmente da minha rotina para conviver com pessoas que não fazem parte da minha vida cotidiana. Algumas já fizeram, outras nem sequer conhecia de vista. Foi de uma dessas pessoas que ouvi algo muito interessante sobre a nossa profissão: 'O professor é um pouco de tudo, somos pais, mães, amigos, educadores, carrascos, palhaços, contadores de piadas, de histórias, pedagogos, psicólogos, cientistas, pensadores, gênios... então, vamos usar tudo o que somos.' Engraçado como tenho me apropriado das falas alheias."

Este parágrafo era a introdução de um post que iniciei, mas por algum motivo não terminei. O escrevi assim que terminou o I Congreso Nordestino de Español, ou seja, os três dias aos quais me referi. Mas lendo o que era apenas um rascunho, me dei conta de como o que citei é verdadeiro, principalmente porque tive há umas duas semanas uma experiência desagradabilíssima: recebi críticas. (Na realidade, estou postando em 13 de junho e não 4 de maio)
Confesso que não costumo aceitar facilmente que estou errada, as críticas, por mais bem intencionadas que sejam, me magoam. Pode ser um defeito, ou não. Pode ser apenas um processo, aceitar ou não aceitar. Mas com certeza é um fato, críticas me magoam.
Como falei, há poucas semanas recebi a notícia de que não fui bem aceita em uma das turmas de pré-vestibular com as quais trabalho. Achei estranho o número de críticas, pois não havia tanta gente na sala de aula, mas descobri que a pesquisa já havia sido feita há algum tempo, então os alunos criticaram e sumiram. Num momento de insensatez, fui conversar com aqueles heróis da resistência, os alunos que continuam assistindo às minhas aulas, e descobri que muitos gostavam de mim, tinham consciência do que sei, mas que não conseguiam me acompanhar. Até aí tudo bem, eu sempre estou disposta a acelerar ou reduzir o ritmo, até porque nem todo mundo aprende do mesmo jeito. O grande problema pra mim, foi perceber que minha aparência, idade, modo de vestir, exerceram influência sobre as opiniões. Fui verbalmente agredida por uma aluna extremamente grosseira, indelicada... Não eram as minhas aulas o alvo de suas críticas e sim eu mesma. Então, acho que não me encaixo na descrição de professor feita pela colega do congresso. Palhaça, contadora de piadas, eu sei que não sou.

Novas idéias

Estava pensando que ultimamente não tenho tido novas idéias. Isso é muito estranho. Nunca fui uma pessoa predisposta a ter idéias geniais, mas sempre me considerei razoavelmente inteligente, inteligente ao ponto de não parar de pensar e refletir por um segundo sequer. Existe processo de "emburrecimento"? Acho que o grande problema das pessoas de um modo geral atualmente é a falta de tempo. Pelo menos comigo tem sido assim. Tantas coisas a serem feitas que não sobra tempo nem para pensar, já que todo a minha atenção está voltada para "o que vou fazer agora?". Que coisa mais chata. Ah, como sinto falta de ir ao cinema, à praia, de devorar um bom livro em dois dias por não parar de ler, de dormir tarde e acordar tarde, de dormir cedo e acordar tarde! Ler. Uma das minhas atividades prediletas, mas tudo que tenho lido é apenas o necessário para continuar exercendo minha profissão. "Amo minha profissão, odeio meu emprego". Uma pessoa muito importante em minha vida disse isso uma vez. Perfeito. Se eu pudesse, transformaria tudo em um belo romance. Romance daqueles em que o narrador-personagem é também onisciente. "Bendicta ficción que nos hace alejarnos de la realidad pragmática, aburrida y desoladora".(Profº Santiago Navia)

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Futebol

Eita! Nunca pensei que algum dia teria um blog, muito menos que comentaria sobre futebol nele. Mas a vida é assim, cheia de surpresas... Antigamente eu achava que futebol era coisa de homem imbecil (repare no imbecil). Como é que alguém poderia achar que 20 caras correndo atrás de uma bola - e 2 esperando agarrá-la - é algo divertido? Pois é, como diz o povo: "o mundo dá voltas", e cá estou eu prestes a comentar a decepção que tive ontem com o time para o qual eu torço (não, querido leitor, não foi a sua imaginação, agora EU TORÇO por um time!).
O Náutico precisava ganhar do Salgueiro e o Sport perder pro Central, mas deu tudo errado pro Náutico e o Sport agora é tri. Mas deixemos o Sport de lado. O jogo de ontem foi uma lástima. Nunca vi algo tão esquisito, principalmente porque sempre que fui aos jogos do Náutico só presenciei vitórias. O jogo começou num ritmo bem lento, mas não sei exatamente quando começou a desandar... E o lateral esquerdo do Náutico? Ai meu Deus, eu nem entendo de futebol e sei que aquilo não é futebol. Pra resumir, foi uma palhaçada geral. Geraldo só pensava no troféu Lance Final, Filipe não tava num dos melhores dias, Radamés não acertou um passe sequer, vixi que vexame (bela aliteração, não?)!
Pior que a péssima atuação do time foi a do trio de arbitragem e a atitude do Salgueiro. Eu ouvi muito uma estória que o Salgueiro facilitou o quanto pode a vida do Sport, mas não comentarei nada disso. Vou comentar o que vi. Vi um time totalmente despreparado para disputar uma competição em nível profissional, são uns amadores peladeiros. Caíam por qualquer coisa, fizeram toda a cera possível e imaginada, só na troca de goleiros voaram uns 10 minutos de partida e o sr. Gilberto Castro Júnior não fez nada! Olha, eu não sei como é que se formam os árbitros, não entendo patavina nenhuma de futebol, mas definitivamente eu sei o que é uma palhaçada! O juiz só deu cartão amarelo p'ro goleiro reserva depois de muuuuito tempo e só porque a torcida fez pressão...se precisa estudar pra ser juiz, esse aí tem que voltar pro início do curso!

sábado, 29 de março de 2008

Eu

Um grande amigo meu (acho que é a única pessoa que acompanha os meus posts e ainda acha que tudo que escrevo é legal) me disse uma vez que "Deus dá nozes a quem não tem dentes" e acredito que, mesmo sem a intenção, ele me deu um dos mais sábios e valiosos conselhos que já ouvi em toda a minha vida. Foi um verdadeiro: "ACORDA TICIANA! TE VALORIZA!" E ao mesmo tempo não deixou de ser um grande elogio à minha pessoa.
Hoje, a caminho do trabalho, ouvi esta música que eu adoro e achei as partes que destaquei o que eu queria que dissessem de mim. Pois é, tem gente que realmente não me conhece.

Infinito Particular (Marisa Monte)

Eis o melhor e o pior de mim
O meu termômetro o meu quilate
Vem, cara, me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Faça sua parte
Eu sou daqui eu não sou de Marte
Vem, cara, me repara
Não vê, tá na cara, sou porta-bandeira de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem, cara, se declara
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder

Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular

sábado, 8 de março de 2008

Mulher

Mulher é um bicho esquisito. Já ouvi essa frase algumas vezes e nunca me surpreendi. Mas também, pudera, a gente passa por cada coisa. TPM, menstruação, jornada de trabalho dobrada, carregar de 10 kg a 12 kg a mais durante a gravidez, tentar estar sempre linda, cheirosa, cabelo bem cortado e arrumado, unhas feitas ou pelo menos limpas, fazer a lição com os filhos, cuidar da casa, do marido, das roupas, da comida...ufa!!! São tantas coisas que nos são quase que exigidas hoje que nem dá pra lembrar de tudo assim, de uma vez. E, depois de tudo isso, há aquele dia em que você põe aquela roupa legal, mas que te faz parecer mais rechonchuda do que você é e, se você é casada, está na idade fértil, lá vem a inevitável e indiscretíssima pergunta: "Você está grávida?" Pense numa coisa pra me deixar sem graça, totalmente desconcertada. Pensou? Pois é, essa perguntinha é danada. Mas é assim mesmo. Acho que fomos feitas pra tudo isso realmente, senão não agüentaríamos!!! Sexo frágil uma pitomba!!!

Sabor de Infância


Uma das minhas manias é a de associar sabores e cheiros à épocas, situações e pessoas, o que não é uma exclusividade minha. Por exemplo: quando eu era adolescente o perfume mais cobiçado pelas meninas era Lou-Lou. Cheiro da minha querida amiga-irmã-ex-cunhada-sumida Elis. Boa lembrança. Mas na realidade, minha intenção neste post é falar de comidas, ou melhor: brebotes!!!!
Acho que não há nada mais cara da minha infância do que aquele pirulito de caramelo de açúcar, bem comprido, que melecava tudo (e que Vovô João sempre comprava quando íamos para a casa dele); rolete de cana-de-açúcar (indo para Itamaracá) e, finalmente, cavaquinho!!!! Pra quem não sabe ou não lembra, cavaquinho é um biscoito bem fininho em forma de cilindro, feito da mesma massa de casquinha de sorvete, que geralmente é vendido em semáforos. Muitas pessoas acham que ele não tem gosto, que é sem graça, mas pra mim é algo que realmente tem sabor de infância.
Eu ia por uma foto do cavaquinho, só que eu comi os três pacotes que eu tinha aqui comigo então fica a do pirulito mesmo!

quinta-feira, 6 de março de 2008

Que injustiça!

Fazendo um 'link' entre o post anterior e o carnaval, não poderia deixar de lado "A Flor", escrita por Marcelo Camelo e Rodrigo Amarante em forma de diálogo, em pleno Carnaval de Olinda.
Ouvi dizer, do teu olhar ao ver a flor
Não sei por que achou ser de um outro rapaz,
Foi capaz de se entregar...
Eu fiz de tudo pra ganhar você pra mim, mas mesmo assim
Minha flor serviu pra que você achasse alguém,
Um outro alguém que me tomou o seu amor
Eu fiz de tudo pra você perceber que era eu
Tua flor me deu alguém pra amar
E quanto a mim?
Você assim e eu, por final, sem meu lugar!
Eu tive tudo sem saber quem era eu...
E eu que nunca amei a ninguém
Pude então, enfim amar

quarta-feira, 5 de março de 2008

Último Romance

Sou suspeita p'ra falar de música. Sempre fui muito preconceituosa: não suportava pagode, forró (o estilizado continuo não suportando), música baiana, brega (esta eu não suporto também), etc. Lembro bem o quanto eu chinguei meu pai por ele, em plena tarde de domingo, assistir ao Domingão do Faustão, principalmente porque estava se apresentando uma bandinha nova que tinha conseguido fazer seu hit-chicletinho-de-ouvido fazer muuuuuuuuuiiiiiiiittttttooooooooo sucesso. Adivinhe de quem estou falando: Los Hermanos. O hit: Anna Júlia. Aff!!! Minha reação foi imediata: que porcaria é essa? Poxa, ledo engano!!! Nem lembro como chegou às minhas mãos o primeiro álbum dos garotos: Los Hermanos. Um quê de circo-carnaval de rua, melodias, metais, hardcore... Gostei!!! Para minha surpresa, Los Hermanos era uma banda maravilhosa. Mas não parei por aí. Vieram o Bloco do Eu Sozinho, perfeito, Ventura, mais maduro e por fim o 4, um pouco difícil de digerir, mas muito bom. Daí um sentimento de alegria misturada à melancolia me invade toda vez que paro para escutá-los. Perfeição. E o show no Armazém 14, inesquecível. Hoje em dia nem dá mais pra dizer assim: a minha música do Los Hermanos preferida é... mas, aí embaixo vai uma delas:


Eu encontrei quando não quis
mais procurar o meu amor.
E quanto levou foi p'reu merecer
antes um mês e eu já não sei...
E até quem me vê lendo o jornal
na fila do pão sabe que eu te encontrei.
E ninguém dirá que é tarde demais,
que é tão diferente assim.
Do nosso amor a gente é que sabe!
Me diz o que é o sufoco que eu te mostro alguém
afim de te acompanhar.
E se o caso for de ir à praia eu levo essa casa numa sacola!
Eu encontrei e quis duvidar.
Tanto cliché deve não ser.
Você me falou pr'eu não me preocupar
ter fé e ver coragem no amor
E só de te ver eu penso em trocar
a minha TV num jeito de te levar
a qualquer lugar que você queira
e ir onde o vento for, que pra nós dois
sair de casa já é se aventurar.
Vai, me diz o que é o sossêgo
que eu te mostro alguém afim de te acompanhar
E se o tempo for te levar
eu sigo essa hora e pego carona pra te acompanhar.




domingo, 2 de março de 2008

Mau Humor


Ultimamente meu mau humor tem me tornado insuportável. Nem eu estou me agüentando! Sabe aquela estória de engolir elefantes e engasgar-se com um mosquito? Bem, isso descreve as minhas duas últimas semanas. Eu vinha pensando em postar sobre esta minha infeliz condição que, certamente, é muito inconveniente principalmente pra quem convive comigo: filha e marido são alvos constantes da minha rabugice (ah como eu os amo, mas não tenho demonstrado!), mas hoje ao conversar com uma pessoa que até pouco tempo era uma completa estranha, decidi mudar de assunto.
Conheci uma senhora muito simpática esta tarde. Casada há 44 anos, deu-me conselhos valiosíssimos sem nem perceber. Conversávamos sobre como é bom ter a casa cheia de amigos, recebê-los mesmo quando não são nossos e sim dos nossos filhos, sobre a alegria que nos dá em compartilhar momentos como os que passei hoje. Não sei como nossa conversa desviou-se para os relacionamentos, a tolerância, o amar pelas qualidades sem incomodar-se com os defeitos, o viver bem com o outro sem tentar mudá-lo, o reconhecer que assim como eles nós também somos imperfeitas. Tudo isso tocou-me de uma forma inimaginável. Fez-me pensar em muitas das minhas atitudes, que até achei que eram incontroláveis, mas que agora bem sei que podem ser, no mínimo, amenizadas. É só ter paciência e bom senso.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Memória partilhada


Alguns dias atrás tive acesso a um texto que falava sobre como o carnaval de Recife era saudosista, de como as pessoas partilhavam memórias que não as pertenciam. Logo depois, tive uma experiência que me tem feito muito bem até hoje: reencontrei amigos do passado e outros nem tão amigos. Nesse encontro a minha memória foi partilhada com pessoas que estiveram ao meu lado durante os meus primeiros 15 anos de vida. Isso mesmo. Quase 15 anos depois, rever pessoas tão queridas, tão diferentes, mas capazes de lembrar das minhas qualidades, dos meus defeitos, das minhas mais simples manias como, por exemplo, comer pipoca de saquinho de uma em uma, escolhendo as maiores e mais fofinhas... É indescritível a sensação de ser querida. Há muito não me sentia assim: querida. Não que hoje em dia eu não tenha amigos. Os que tenho hoje não são menos importantes. Mas foi um momento muito especial. Fiquei impressionada com tudo - mudanças físicas, profissões, noivados, casamentos, filhos, outros estados e até outros países - mas no fundo reconheci as mesmas pessoas de 15 anos atrás. Hoje, até os que não eram tão próximos se tornaram pessoas especiais. Amigos que pensei um dia ter perdido, mas que são e sempre serão amigos queridos.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Carnaval


O Carnaval é um negócio engraçado... Pelo menos para mim, o Carnaval só começou a existir mesmo agora, na minha vida de adulta jovem... Lembro bem que até os meus belos 15 anos eu não sabia o que era Carnaval, era apenas um feriadão que se resumia nos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro vistos pela tv e nas diversas reportagens sobre o Galo da Madrugada... Todos os anos, meus pais levavam a mim e meu irmão para os lugares mais remotos da face da Terra. Sabe quando um hotel tem todos os seus chalés ocupados mas você não vê uma viv'alma transitar pelo restaurante ou pela praia? Era assim que nós passávamos os nossos carnavais. E não pensem que estou reclamando, não, de jeito nenhum!!! Eu simplesmente adorava!!! Mas voltando ao início deste post, o Carnaval é um negócio engraçado, porque quando eu o conheci, ou seja, na primeira vez que fui "brincar" em Olinda, tinha 18 anos e levei uma vassourada na cabeça. Deixa eu explicar: estava eu a observar a folia (não sou boa dançarina), que me surpreendeu muito, já que era carnaval, mas as pessoas colocavam nas casas músicas do Bonde do Tigrão, que foi proibido no ano seguinte, quando um punhado de garotos começou a brigar no meio do Mercado da Ribeira e nas margens deste havia uma série de barraquinhas a vender bebidas e comidas. Na medida em que o número de participantes da briga aumentava, as pessoas começaram a se afastar do centro e, assim, fui praticamente jogada numa dessas barraquinhas. A dona, que não queria perder a sua mercadoria, tacou-me um cabo de vassoura bem no meio do quengo, ou seja, minha primeira participação no Carnaval da minha linda terrinha não foi lá muito agradável... Em outra ocasião, fui tentar de novo Olinda, eu estava grávida da minha segunda filhota e todo mundo dizia: não vá, é perigoso, vá para o Recife Antigo à noite, é mais calmo, etc. Em Olinda correu tudo bem, me fantasiei de anjinha, imaginem uma anja grávida!!! Mas fomos também ao Recife Antigo à noite e aí, tudo tranqüilo? Tranqüilo nada, briga de novo e, a pesar dos esforços do meu maridão, ainda machucaram meu tornozelo. Este ano quebrei a cabeça novamente. Desta vez no sentido figurado mesmo. Inventei de levar minha beldade junto comigo para ver o Carnaval de Olinda. Se arrependimento matasse, eu estaria morta, enterrada, em acelerado estado de putrefação, cheia de vermes e não sobraria nem um ossinho para contar a estória. Vou explicar novamente: Para quê eu levei minha filha comigo? Acho que sou doida!!! Uma menina linda, charmosa, que aparenta ter muito mais idade do que realmente tem, eu levei para Olinda!!! Podem me chamar de louca!!! E foi muito "boyzinho" querendo chegar perto, mas não deixei: fechei a cara, botei todos para correr. Ciúme de filha é pior que ciúme de marido. Vou terminar repetindo a frase que todo mundo ficou cansado de ouvir no resto do Carnaval: ACHO QUE VOU DAR UMA SURRA NO MEU PRIMEIRO GENRO!!!! Pensando bem, o Carnaval não é tão engraçado assim...

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Dor

Já faz um bom tempo que li numa notícia que o Pentágono estava elaborando uma arma que não fere, mas causa dor, ou seja, o sujeito fica paralizado de tanta dor que está sentindo. Não lembro bem como era o funcionamento de tal aparelho, mas lembro bem da listinha de intensidades: 1. Infarto, 2. Cálculos Renais e 3. A dor do parto. Não lembro também qual era a ordem de cada uma dessas belezinhas, mas delas já senti a 3ª e por duas vezes!!! Eu acho que eles só esqueceram de uma: a maldita dor de dente!!! Vixe... é por isso que estou aqui, acordada às 2h30 da madrugada, postando num blog que ninguém lê!!! Deprimente.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Orkut


O Orkut é uma ferramenta muito interessante, através dele eu reencontrei muitas pessoas queridas, mantenho contato com outras tantas, vi minha priminha lá de Natal pela primeira vez, recebo mensagens lindas, posso conhecer um pouco mais as pessoas que me cercam, ou seja, são inúmeras vantagens... Mas hoje, o Orkut foi o canal de uma notícia muito triste... Meu desejo é que Deus esteja junto àqueles que precisam mais do que nunca de conforto e paz no coração...

Pare, repare, respire (Alceu Valença)

Pare, repare, respire
Reveja, revise sua direção
Olhe com todo cuidado
Pra todos os lados do seu coração

Meu amor, escute agora
Há um brilho em nosso olhar
É paixão que nos devora
Volto a te telefonar

Pare, repare, respire
Reveja, revise sua direção
Olhe com todo cuidado
Pra todos os lados do seu coração


Meu amor, estou chorando
Entre o quarto e o corredor
Entre o espelho e a pia
Entre a cama e o cobertor


Só pra saberem de onde vem o título deste blog: é uma música que completa não significa nada em especial pra mim, mas o refrão é perfeito...

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Pipoca


Estava eu a fazer pipoca, não pipoca de microondas, mas pipoca de verdade, e pensei o seguinte: "Poxa, a função do milho pra pipoca é estourar quando aquecido... será que nós também 'estouramos' ? Será que há um momento na vida no qual cada um de nós descobre o porquê da sua existência?" Coisa estranha, mas acho que todo mundo já deve ter se perguntado alguma vez: O que danado eu vim fazer aqui nessse mundo? Tô certa ou tô errada? (a última pergunta é retórica, viu?) Vixe, é pergunta demais... Mas muitas vezes as coisas só acontecem na vida se nos "esquentamos" ou se "esquentam a gente". Filhos, por exemplo, são capazes de nos levar de um momento de felicidade e satisfação ao extremo da raiva e da inquietude... Raiva, isso mesmo, raiva. Quem diz nunca ter tido raiva de um filho mente! Mesmo amando incondicionalmente, podemos sentir raiva, desapontamento, decepção, medo... Acho que fiz meus pais sentirem tudo isso diversas vezes e sabe como eu sei? Porque agora sou mãe de uma pré-adolescente, foi a pedidos dela que eu fiz pipoca... E por ela me jogaria de um abismo, se fosse necessário... Mas, pensei que seria mais fácil 'cuidar' dela agora. Redondamente enganada. E eu volto a me perguntar: "O que danado eu vim fazer aqui?"

Primeira vez

Título sugestivo, mas acabei de criar este blog e nem sei o que vou escrever. Acho que só estou remando a favor da correnteza: filha tem blog, marido tem blog, amigos têm blog. Enquanto decido, já sei que postar não será algo constante, não sou disciplinada e divido o meu tempo muito mal, tantas tarefas e às vezes não faço nada por completo. Mas a vida é assim, nem sempre fazemos o que queremos, ou melhor, na maioria das vezes. Quando estiver mais inspirada passo por aqui novamente.