domingo, 1 de junho de 2008

Religião

Uma das coisas que geralmente não faço é discutir sobre religião e política. Política porque entendo muito menos do que gostaria e religião porque guardo em mim um ranço. Ao conversar virtualmente com uma nova amiga no início desta semana, deparei-me com meu passado religioso.
Bom, como alguns dos meus poucos leitores já sabem, estudei quase toda a minha vida em um colégio protestante e tradicional daqui de Recife. Ou seja, trago em mim incrustadas raízes cristãs. Agradeço muito aos meus pais pela educação doméstica e formal que me deram. Sem eles e sem o Agnes eu seria muito menos do que sou hoje. Mas voltemos ao assunto central deste post. Religião.
Após deixar o Agnes para completar meu ensino médio em outro colégio, tentei buscar o cotidiano calmo, rígido, de cultos e orações típicos do Agnes em outro lugar. Uma igreja batista. Sem a mínima pretensão de ser uma "santa" continuei minha vida de adolescente, ou seja, uma vida de descobertas. Uma dessas descobertas me trouxe uma gravidez não planejada às vésperas do meu 16º aniversário.
Na igreja, virei o alvo dos comentários maliciosos e falsos. Alguns por lá já não viam com bons olhos o fato de eu ter, na época, 6 brincos nas orelhas e não usar saias nem vestidos. Para mim, mera questão estética. Para eles, costume esquisito e reprovável. Mas mesmo assim, tentei ser forte e suportar os olhares indiscretos e bandeados até me 'sugerirem' uma idéia: "Vocês devem se casar, pelo menos no religioso." Um absurdo. Nem meus pais me forçaram a nada, na realidade, não queriam que me casasse. Como é que uma comunidade que estava praticamente me excluíndo de tudo, me condenando, me julgando (reparem que não há nada de cristão nisso) poderia me aconselhar em um momento tão delicado da minha vida, ou me obrigar a fazer algo contra a minha vontade e de toda minha família? Inimaginável. Foi aí que percebi que eu estava muito além de tudo aquilo, que eu não precisava que um monte de estranhos me dissesse como eu deveria viver a minha vida, que eu não precisava que um homem talvez mais pecador que eu abençoasse a minha união, que eu não precisava de igreja pra continuar sendo cristã. Afastei-me. Infelizmente, como já ouvi falar várias vezes, a parte humana da Igreja é imperfeita, assim como são os homens. Queria eu que a Igreja fosse somente Deus.

2 comentários:

Anônimo disse...

afffffffff como odeio postar em blog....ja coloquei vários comentário e ñ aparece nenhum...
ou seja se depois tiver várias besteiras....relaxem...o blog me venceu!!!
Enfim, DESISTO>>>>>>

Ticiana disse...

Rsrsrsrsrs... por isso tu demora tanto pra por um comentário, né? Mas adoro quando tu comenta, pelo menos sei que tu leu.. rsrsrsrs...