sábado, 17 de outubro de 2009

Termine!

Hoje foi um desastre. Nunca tive a sensação de derrota como tive hoje. Coisas inacabadas não são uma constante pra mim, tento de todas as formas fazer tudo certo, do meu jeito, mas certo. Sabe quando algo acontece pra você e você diz: "isso é perfeito!", mas logo depois acontece alguma coisa que impede essa perfeição? Ah, isso acaba de me ocorrer. A falta do diploma nunca atrapalhou o meu cotidiano nas escolas. O "depois termino o curso" era o que mais eu dizia até pouco tempo, já que isso não interferia na qualidade das minhas aulas... Mas, infelizmente, mesmo não dizendo o quão competente ou quem você é, o DIPLOMA é algo indispensável...

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Músicas

Às vezes nada nos define tão bem quanto as músicas que gostamos de ouvir. Ando tendo um tempo maior agora frente à TV e dias desses me dei conta de que estou realmente envelhecendo. Quando era pequena, uma pessoa de 30 anos, pra mim, já era "coroa". Apesar de já estar chegando perto dessa "kilometragem", não me vejo tão velha. Às vezes me sinto um pouco mais velha... Mas, voltando às músicas, tenho assistido um pouco mais à MTV. Como tudo está diferente daquela época na qual tínhamos que ligar a antena da tv ao videocassete para poder vê-la em UHF... Os jovens de hoje mal sabem o que é um videocassete... Meus apresentadores favoritos: Astrid Fontenelle, Edgar, Thunderbird, Cris Couto, Cris Niklas, Soninha, Fábio Massari, Zeca Camargo... Os melhores programas: Top 10, Top 20, Clássicos MTV, Lado B, Drops MTV... Vixi, quanto tempo mesmo... Mas, resolvi escrever este post após uma constatação. Agora, de manhãzinha bem cedo, há o LAB Clássicos e percebi que os Clássicos de hoje são as músicas e bandas que estavam no auge naquela época já citada da antena UHF. Por isso que sei que estou ficando velha. Na minha época de curtir MTV, os clássicos eram as grandes bandas das décadas de 70/80: The Doors, The Smiths, Led Zeppelin, Pink Floyd, The Cure... Agora as minhas bandas favoritas e outras que eu gostava por algumas músicas embalam o LAB Clássicos: Pearl Jam, Soundgarden, Nirvana, U2, Stone Temple Pilots, Guns'n'Roses, REM, Metallica, No Doubt, Sublime... Fiquei assistindo e me perguntando: Isso é clássico? Eita!!!

sábado, 4 de abril de 2009

Emoções...

O nascimento de um filho desperta vários sentimentos: medo, tristeza, vazio, ansiedade, preocupação, alegria, alívio... Medo há da hora do parto, da dor, de que as coisas não deem certo, do futuro. A tristeza aparece quando percebemos que não podemos permanecer protegendo nosso bebê e que agora ele é tão vulnerável quanto nós mesmas, tanto às doenças, quanto às pessoas, quanto às coisas ruins que o mundo e a vida se encarregam de proporcionar a cada um... Há um certo vazio dentro de nós... A ansiedade é um dos sentimentos que compartilhamos com todos: a espera para saber se está tudo bem com o bebê e com sua saúde (nisso a preocupação vem mesclada!), para ver seu rostinho pela primeira vez, pra saber com quem ele mais se parece... A alegria pelo nascimento vem com certa dose de alívio, quando percebemos que daremos um jeito em tudo, que permanecendo juntos teremos tudo conspirando a nosso favor para que façamos daquela nova vida uma vida cheia de amor... Poucas palavras pra expressar tantos sentimentos diferentes e, muitas vezes, contraditórios...

terça-feira, 31 de março de 2009

Valores

Interessante como as coisas são...
O que pra mim é legal, pra você pode não ser.
Já comentei em um outro post que não sei bem quando surgiu minha paixão por tudo que se refere à Espanha. Acho que tudo que vem de lá me traz uma aura de magia, como algo que eu já conhecesse, de uma outra vida...
Mas na verdade, este post não é sobre essa sensação e sim sobre o que nos desperta, ou não, interesse.
Há pouco tempo passei por uma experiência engraçada e percebi um pouco o quanto há de diferente entre as pessoas. Enquanto pra mim tudo aquilo era excepcionalmente bom, uma bela oportunidade de aprender e conhecer mais sobre tantas coisas, para muitos era um tormento. Não sei se foi falta de habilidade de alguns, mas tudo poderia ser melhor se percebido por outro ângulo.
Acho estranho quando vejo que algumas pessoas não têm interesse em aprender outra língua, em conhecer outra cultura, o que pra mim é extremamente válido e enriquecedor...E conviver com um estrangeiro então? Escutar estórias, saber mais sobre como as pessoas de lá se comportam, falam, pensam... Conhecer mais sobre música, artes plásticas, locais importantes culturalmente falando, etc.
Fico um pouco frustrada, confesso, quando percebo o descaso das pessoas quando o assunto é algo pouco prático, que tem mais validade para o intelecto do que para o cotidiano. É como se as pessoas ficassem estagnadas, paralisadas em seu interior, se importando apenas com o que comprarão quando o salário chegar, que roupa usarão pra aquela tal festa, a tal festa com tal celebridade... Afff... Chega a me dar uma impaciência... Ah, melhor parar por aqui!

domingo, 8 de março de 2009

Dia Internacional da Mulher. Será?

Tenho 1,64m. Estou no oitavo mês de gravidez. Iniciei a gestação, de um único feto, pesando 69kg. Tinha plena consciência do que ocorreria com meu corpo e com o resto da minha vida com a chegada de mais um filho.
Na última semana enfrentei a possibilidade do meu bebê nascer antes da hora. Repouso e medicamentos foram necessários.
Nesta mesma época uma polêmica foi gerada e dentro dela alguém que talvez nem saiba o que realmente acontecia à sua volta. Fico tentando imaginar o que se passou na cabeça da criança que, violentada pelo padrasto durante três anos seguidos, acabou grávida de gêmeos, se é que se passou algo pela cabeça tão imatura, despreparada para a vida, tão indefesa, tão inocente, pra resumir, tão CRIANÇA.
Acho que nunca tive tanto medo de algo como da violência sexual. Violência que deixa marcas profundas demais e, na maioria das vezes, invisíveis.
Com pouco mais de 30kg e 1,36m, como seria possível que um corpo tão franzino suportasse uma gestação, ainda mais de gêmeos? Que vida teriam as três crianças caso os bebês sobrevivessem? Vida é apenas sobreviver, respirar?
Infelizmente, como já postei aqui uma vez, é verdadeiramente uma pena que a Igreja não seja apenas Deus. As declarações de um velho caduco fizeram do aborto, realizado por uma equipe médica, um crime. E ele ainda completou o absurdo dizendo que aquele homem, que praticou tal aberração com a criança e com sua irmã mais velha, era menos pecador que os que autorizaram e realizaram o aborto na menina. "Não julgueis para não seres julgados", diz a Bíblia. É o que mais faz a Igreja. Com seus dogmas retrógrados, não percebem que só afastam mais ainda as pessoas de Deus, não percebem que tudo é mutável e que temos que nos adaptar sempre. Lei de Deus, Lei dos Homens. Onde está Deus? Deus conversava com os seus, segundo o Antigo Testamento. Com quem Deus conversa hoje em dia? Acho que ele desistiu dos homens e deve ter se arrependido de ter nos dado o Livre Arbítrio. Mesmo longe da perfeição, ainda devemos confiar na Lei dos Homens.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Juventude

Hoje vou me basear no meu "achismo". Acho que por ter filhos e pela profissão que escolhi, acabo me preocupando demais. Ontem fiquei indignada com uma situação que deveria ser extremamente positiva. Vou explicar. Me preocupo com a nossa juventude. Acho que cada vez mais as pessoas estão demorando para amadurecer. Me preocupo com que tipo de jovens meus filhos se tornarão: sérios, farristas, inteligentes, discretos, meigos, apáticos, imbecilóides, alienados, fanáticos... Ainda não expliquei.
Ao voltar pra casa, depois da infeliz idéia de ir ao centro da cidade comprar coisas das quais não estava precisando com urgência, me arrependi profundamente. Cansada, com fome, bebê mexendo na barriga sem parar, ônibus cheio, chuva, calor e um dos principais corredores viários da cidade ocupado por um punhado de estudantes idiotas que pensavam estar reivindicando seus direitos, reclamando por causa do aumento das passagens destes mesmos ônibus que eles impediam de transitar, ônibus lotados de trabalhadores cansados que queriam voltar pra casa, gente atrasada para o trabalho, gente preocupada pelos filhos em casa, gente atrasada pra chegar na faculdade, gente que eles incomodavam... Acho que é por isso que nenhuma greve ou algo parecido funciona aqui no Brasil, porque só quem se prejudica é a população... Greves e protestos deveriam servir para pressionar quem pode resolver a tal situação e não prejudicar a população. Ou seja, em vez de chamar a atenção das pessoas para que elas também tomassem como seu tal protesto, não, as pessoas por se sentirem prejudicadas se voltaram contra aqueles jovens sentados no meio da avenida... Mas isso ainda não é nada comparado ao fato de que a grande maioria deles, na realidade, estava era querendo aparecer na TV. Como eu sei? Quem é que faz protesto sorrindo? Quem é que dá entrevista sobre alguma problemática como se estivesse falando sobre uma festa ou algo do gênero? Me irrita essa "mania" de brasileiro (não todos, é claro) de achar que porque vai aparecer na TV tem que ficar sorrindo, a mulher falando que a casa pegou fogo e lá, sorrindo, o outro perdeu toda família num desabamento de barreira e lá, sorrindo... Pra resumir, na verdade, voltei todo o resto do caminho pensando em tudo que a juventude brasileira já promoveu, pelo menos o que conheço... Comparei aqueles estudantes no meio da Conde da Boa Vista com os que pegaram em armas, foram torturados e mortos durante os anos de ditadura militar. Comparei aqueles estudantes no meio da Conde da Boa Vista com os milhares de jovens que dedicam seu tempo à pesquisa e devolvem à sociedade tudo que foi investido neles em forma de medicamentos, tecnologia, novos conhecimentos.
Não quero dizer com isso que sou contra as greves e os protestos, e sim que sou contra a forma como são realizados. No fim das contas, chega o Batalhão de Choque da Polícia e tira todo mundo do meio da rua e tudo não passa de mais uma insignificante nota no jornal do dia seguinte...

http://jc.uol.com.br/2009/02/12/not_191893.php
http://www.diariodepernambuco.com.br/vidaurbana/nota.asp?materia=20090212191143&assunto=23&onde=VidaUrbana

sábado, 17 de janeiro de 2009

Um par

Esta semana escutei em algum lugar que é bem mais fácil ser filha ou filho que mãe ou pai. Concordo em parte.
Como filhos temos mais chances de errar do que como pais. Enquanto filhos, se erramos, sabemos que estamos aprendendo a lidar com as situações e a vida que ainda temos pela frente pode nos proporcionar a oportuniade de acertar. É da nossa vida que estamos cuidando, assumiremos as consequências... Enquanto pais, se erramos, nossos filhos "pagarão o pato", ou seja, não dá para errar porque a felicidade ou as frustrações dos nossos filhos estão em jogo.
A única coisa da qual tenho plena consciência nesse instante é a ideia de achar difícil demais o papel de mãe. Nunca havia imaginado o quanto de trabalho eu tinha dado aos meus pais, o quanto foi perturbador se pegar pensando: o que faço agora?. Para mim está sendo assim... O que faço agora?
Difícil é reconhecer em seus filhos alguma característica ou traço de personalidade que você não tem, que você não aprova, que você não sabe de onde veio... Lidar com a diferença, com a discordância, com as opiniões contrárias às suas é uma tarefa árdua, ainda mais dentro da sua própria casa. E você se pergunta: "Onde ele(a) aprendeu tal coisa?", "Fico feliz por sua autonomia ou preocupado com as conclusões que ele(a) tirou deste assunto?", "Por que o que aprendi com meus pais não funciona com meus filhos?"
Ah, são tantas as dúvidas...
O título deste post é o de uma música do Los Hermanos que gosto muito e cabe bem direitinho:
Um Par
Los Hermanos
Composição: Rodrigo Amarante


"Mesmo quando ele consegue o que ele quis,
Quando tem já não quer!
Acha alguma coisa nova na TV,
O que não pode ter,
E deixa de gostar,
Larga mão do que ele já tem.
Passa então a amar
Tudo aquilo que não ganhou!
Dê motivo pra outra vez acreditar
Na cascata da vez...
Que você comprou assim 0+10
Um presente pra mim
Mas se eu perguntar
De onde veio esse agrado
Você vai gritar!
Diz que é homem feito, sei não!
Ah faça-me o favor!
Diga ao menos o que foi
E se eu faltei em te explicar...
Diz que a gente sempre foi
Um par...
Sai domingo diz que é o dia de jogar
Mas que jogo eu não sei.
Fica até segunda o dia clarear
E troféu não se vê!
Entra sem falar.
Sai correndo e volta outra vez
Sem cumprimentar!
Nem parece aquele!...
Eu rezo, ai deus do céu
Ou alguém no chão
Diga-me o que foi
Que eu deixei faltar!
O que eu não consigo é entender
Como é que um filho meu é tão diferente assim
De mim!
Me faz entender."

Mas também não é fácil continuar sendo filho depois de adulto. Certamente nossos pais têm alguma expectativa com relação ao nosso futuro, ao nosso trabalho, aos nossos relacionamentos, se vamos constituir família, como vamos fazer isso, como criamos nossos filhos, quanto de atenção podemos dispensar em meio a tudo isso... Ser boa filha era, sem dúvidas, uma das minhas aspirações da idade adulta. Mas cada vez mais percebo quão dura é essa empreitada, corresponder a tais expectativas. Às vezes teremos que nos contentar com o que podemos oferecer a pais e filhos, mesmo que não seja tudo aquilo que imaginamos, que aspiramos, que tentamos...

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Ano Novo

Título bem previsível para o primeiro post de 2009, mas não houve jeito...
A passagem de um ano a outro para a maioria das pessoas é sempre um momento de renovar as forças e esperar dias melhores. Confesso que não faço parte deste time.
Sempre que chega essa época fico meio "pra baixo". Acho que no fundo sou mais negativa do que gostaria. Não consigo imaginar um mundo melhor, dias mais felizes, novas oportunidades... Só enxergo o incerto, um grande vazio a ser preenchido... Faço planos, claro, mas o sentimento de insegurança me invade como nunca. Aos poucos essa sensação vai embora, com a retomada da rotina.